Por ser considerado como um símbolo da Páscoa, o coelho está entre os presentes mais populares nesta data. Mas se engana quem acredita que presentear um ente querido com um pet é uma atitude louvável. Coelho não é objeto para ser usado como presente de Páscoa, visto que isso consiste em um gesto equivocado, quase sempre resultando em sofrimento para o animal.
A venda de coelhos no período da Páscoa é uma das práticas comerciais mais condenáveis do mercado. Os coelhos tiveram o infortúnio de serem relacionados diretamente a símbolo de Páscoa, já que isso lhes atribui um status de mercadoria, tornando-os produto de uma indústria perversa que os manufaturam em larga escala para abastecer o comércio no período pascal. Alguns pet shops fazem até promoções com grandes divulgações nos dias que antecedem o feriado, para aumentar as vendas. Tais promoções incentivam e induzem as pessoas a usarem coelhos como presente, ou seja, muitos clientes desavisados são influenciados e acabam comprando por impulso.
Esse modelo de exploração animal é negócio similar ao praticado pelas famigeradas 'fábricas de filhotes', que submetem cães e gatos (de raças com valor de mercado) à procriação desenfreada para fins de comercialização dos animais. Mas vale ressaltar, quem compra animais, seja coelho, cão, gato ou outro bicho, está fomentando essa indústria perversa que os explora em condições degradantes nas quais os animais são submetidos a inomináveis torturas, sempre com o vil propósito de obter um lucro comercial nefasto, de caráter medieval e bárbaro.
O abandono
Por não se atentarem às necessidades específicas dos coelhos antes de adquiri-los como pets, muitas famílias acabam negligenciando os cuidados e, pior, abandonando o animal - ato condenável que configura crime, previsto na Lei Federal 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).
O número de abandonos de coelhos após a Páscoa cresce consideravelmente a cada ano. Muitos são os bichinhos deixados em lixeiras, praças e parques, onde acabam morrendo de frio, fome, atropelados ou atacados por outros animais em situação de rua.
Ocorrências do tipo acontecem constantemente, pois quem é presenteado com um peludo desses nem sempre está disposto a assumir a responsabilidade para sustentar e oferecer os cuidados necessários que o animalzinho exige – e são muitos. É importante ter em mente que surpreender um ente querido oferecendo de presente qualquer animal doméstico pode representar um ato irresponsável, de extrema insensatez, visto que as consequências do gesto costumam resultar em desgraça para o inocente que é usado como objeto de agrado.
Seja consciente
Animais não são objeto que se usa como enfeite em festas ou para servir de presente. Nesta Páscoa, pense muito bem e evite comprar um coelhinho. Coelhos são animais complexos que exigem inúmeros cuidados específicos.
Muitas pessoas, por serem desprovidas de consciência e acreditarem estar fazendo algo 'fofo', acabam por impor aos coelhos uma situação muito triste nesta época do ano, pois os compram ou os recebem de presente e depois os negligenciam ou os abandonam à própria sorte.
Nós, protetores, sempre recomendamos a adoção de cães e gatos para quem quer a companhia de um pet. Contudo, caso tenha o desejo e a intenção de ser tutor de um orelhudo, pesquise sobre ONGs que se dedicam ao resgate e cuidado destes animais. São muitas vidas aguardando um lar. Não compre, adote!
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Então, à luz da razão e da consciência, caso você queira presentear alguém com um coelhinho, que ele seja de pelúcia ou chocolate - de preferência com leite de origem vegetal em sua composição.
Neste 2022, vote consciente, vote pelos animais!
Em ano eleitoral, muitos candidatos se apresentam como defensores dos animais, com o intuito de conseguir votos. O eleitor precisa ficar atento para não ser enganado por políticos oportunistas, sabendo identificar os candidatos verdadeiramente comprometidos com a causa animal. Fique alerta!
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