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Câncer em animais de estimação

Atualizado: 9 de nov. de 2022


Conforme a expectativa de vida dos cães e gatos aumenta, certas doenças, antes raras, tornam-se mais comuns. É fato que os animais domésticos vivem cada vez mais, e isso os deixa propensos a problemas mais frequentes na velhice, caso do câncer. O diagnóstico precoce é o primeiro passo para ajudar e minimizar o sofrimento de um animal com câncer.



Numa lógica semelhante ao do organismo humano, quanto maior o tempo de vida do animal, maior o risco de uma multiplicação celular perder o controle e tornar-se um câncer. (Foto: Stock/Adobe)

Assim como acontece com o ser humano, animal de estimação também tende a desenvolver câncer. Uma neoplasia maligna, na verdade, define a presença de tumor maligno, e são vários os tipos de tumores dessa natureza. Cães e gatos também podem desenvolver tais doenças. Observa-se que, com o aumento da expectativa de vida dessas espécies, a incidência de neoplasias malignas tem aumentado.


O câncer é doença temida, sendo sinônimo de morte para alguns. Mas nem sempre isso se confirma, pois quando detectado em fases iniciais, o animal poderá ser tratado e o tumor retirado cirurgicamente antes que ocorra a metástase (quando células do tecido ou órgão doente vão se instalar e multiplicar em outros órgãos através da corrente sanguínea). Há chances de prolongamento da vida do animal nesses casos, porém, mesmo com esses procedimentos, a metástase pode já ter ocorrido (mas não estar evidente) e vir a se manifestar posteriormente. Porém nem todo tumor é câncer. Os tumores benignos, contudo, quando começam a crescer rapidamente, devem ser retirados, pois podem tornar-se malignos.


Tipos de câncer


Os tumores de mama, pele e os linfomas são as modalidades mais incidentes no Brasil. Assim como nos humanos, o câncer de mama é o tipo que mais atinge cães e gatos. De fácil ocorrência, esse tumor também é facilmente identificado. É caracterizado por nódulos (espécie de caroço rígido) nas glândulas mamárias. Após os 6 anos de vida, aumentam as chances de sua ocorrência.


“A alta incidência de tumores da glândula mamária nas fêmeas caninas e felinas no Brasil está diretamente relacionada ao fato de não ser um hábito dos tutores solicitarem a castração precoce de seus animais. Em países onde é comum a prática de esterilização cirúrgica de cães e gatos ainda jovens, a incidência de câncer de mama é bastante baixa. Os hormônios sexuais (estrógeno e progesterona) secretados pelos ovários em cada ciclo reprodutivo das cadelas e gatas são importantes estimuladores de proliferação e transformação maligna do tecido mamário”, diz a médica-veterinária Renata Sobral.


O segundo lugar no ranking dos tumores em pets, o câncer de pele é comum em cães com mais de 8 anos de idade e em gatos de pelagem branca. Algumas raças têm predisposição genética a este tipo de tumor, como pit-bulls e weimaraners.


“Os tumores cutâneos e subcutâneos classificados como mastocitoma são bastante frequentes em cães (cerca de 15 a 20% dos tumores de pele e subcutâneo). O câncer inicia-se pela proliferação indiscriminada de mastócitos, um tipo celular que participa no processo de resposta alérgica. Na prática clínica, observamos incidência aumentada destes tumores em determinadas raças, como boxers, labradores e golden retrievers”, afirma Renata.


Para evitar esta doença, a recomendação é passar filtro solar (específico para os animais) embaixo do focinho e dos olhos e evitar a exposição excessiva do pet ao sol, principalmente em animais com predisposição genética. Para identificá-lo, o tutor deve ficar atento a manchas, nódulos e feridas na pele do animal.


E por fim, o linfoma é o tumor que se desenvolve nos gânglios (elementos distribuídos ao longo do corpo, parte do sistema linfático) de cães e, principalmente, de gatos. Pesquisas indicam que a sua incidência é maior em animais de áreas urbanas do que em animais de áreas rurais. Sua identificação é feita observando o inchaço na região lateral da garganta dos cães e gatos (assemelha-se à caxumba, doença comum em humanos).


Detectando a doença


“Em algumas situações os sinais são bastante inespecíficos, como emagrecimento, apatia, diarreia, vômitos ou febre constante. Nódulos, aumento de volume ou deformidades anatômicas podem ser indícios de tumores. Também devemos considerar a possibilidade de um câncer quando ferimentos cutâneos ou de mucosas não cicatrizam, a despeito de tratamento. Nos casos de tumores cavitários (abdominal ou torácico) muitas vezes somente suspeitamos de tumores quando o paciente exibe algum tipo de desconforto (dificuldade respiratória, tosse com sangue, distensão abdominal, dor, acúmulo de líquido em cavidade abdominal). Nesses casos, a melhor forma para confirmação é a realização de exames de imagens, que podem delimitar o volume e a presença de anormalidades anatômicas em vísceras”, explica Renata Sobral.


No caso do osteossarcoma (tumor ósseo), por exemplo, a fratura de um osso pode estar ligada ao tumor, uma vez que há destruição da estrutura óssea. Os linfomas (tumor nos gânglios), em sua forma mais comum, revelam aumento de um ou mais gânglios.


A veterinária também explica que o médico-veterinário é o profissional que deve orientar os tutores quanto aos cuidados direcionados aos animais com câncer, pois tipos diferentes de câncer exigem cuidados e tratamentos específicos.


Algumas orientações são especialmente importantes àqueles pacientes em tratamento quimioterápico, pois um dos efeitos colaterais mais comuns é a queda de resistência natural desses animais em determinadas fases do tratamento. Recomenda-se que esses pacientes não mantenham contato com animais sabidamente doentes ou ainda que evitem banhos ou permanência em pet shops durante os períodos de maior imunossupressão. Também sugerimos que o tutor solicite higienização adequada de gaiolas ou caixas de transporte que possam ter sido divididas com outros animais.


Algumas recomendações dietéticas podem ser úteis aos pacientes que apresentam apetite seletivo em função de náusea ou gastroenterite desencadeada por tratamento quimioterápico e também aos pacientes em pós-operatório recente. Para evitar desidratação desses animais, é indicada a alimentação branda e palatável e estímulo à ingestão de líquidos.


Para pacientes portadores de tumores abdominais com potencial de ruptura, como, por exemplo, tumores volumosos de baço ou fígado, é recomendado o repouso até que esses animais possam ser submetidos à cirurgia para extirpação do tumor.


Várias formas de tratamento


Os tratamentos existentes para o câncer em cães e gatos podem ser de dois tipos: paliativo ou curativo. O tratamento paliativo visa minorar o sofrimento do animal, quando não há perspectiva de cura. O objetivo é aliviar a dor, corrigir disfunções que comprometam a qualidade de vida do bichinho. Pode também envolver cirurgias, no caso de obstruções de qualquer natureza ou dor intensa. A eutanásia é recomendada nos casos em que o tratamento paliativo não consegue minorar o sofrimento do animal e esse tem a sua qualidade de vida comprometida, mesmo com os cuidados médico-veterinários. O tratamento curativo pode envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia.


A cirurgia, quando possível, é o melhor tratamento e oferece maior índice de cura (com exceção para as doenças do sistema hematopoiético). Essa deve não só remover o tumor maligno, mas também o tecido aparentemente em volta dele, inclusive os gânglios linfáticos próximos à lesão. Infelizmente, muitas das cirurgias para tratamento do câncer são mutilantes.


No tratamento de quimioterapia, o animal tem que ser monitorado com exames de sangue semanais, para se verificar qual está sendo a ação da droga no organismo e se o tratamento pode ser continuado. Todo esse monitoramento, associado aos medicamentos, dietas especiais, etc., tornam o tratamento bastante oneroso. Durante a terapia, não há queda de pelos em animais com pelagem curta, podendo isso ocorrer em pequena proporção em cães e gatos com pelos longos.


Outros efeitos colaterais gerais são observados, como vômitos, diarreia, falta de apetite, perda de peso. Alguns podem ser aliviados com uso de medicações. Alguns efeitos colaterais mais sérios devem ser observados, como alterações no músculo do coração ou nos rins e são específicos da utilização de determinadas drogas – cisplatina e doxorrubicina.


“O tratamento baseado em quimioterapia antineoplásica em medicina veterinária é relativamente recente no Brasil, e sua prática tem sido incentivada pela observação de respostas objetivas ao tratamento, sem, contudo, induzir efeitos colaterais graves. Em oncologia veterinária, a qualidade de vida do paciente é considerada mais importante que a cura da doença. Dessa forma, é possível elaborar protocolos de tratamento menos rígidos e personalizados, que são apoiados e satisfazem a grande maioria dos tutores”, finaliza Renata.


Também existe a crioterapia, que consiste no congelamento de determinadas células neoplásicas, causando a sua morte. Não é indicada para todos os tipos de tumores malignos, podendo ser utilizada em pequenas lesões de pele ou nas mucosas.


Deve-se sempre levar em conta a importância do diagnóstico precoce. A cura depende do início precoce do tratamento. Levar o animal com frequência ao veterinário pode, muitas vezes, salvar a vida do bichinho.


Entenda um pouco mais acerca do câncer em animais de estimação assistindo à entrevista com a médica-veterinária Branda Lurian (vídeo).




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Com informações do IDMEDPET

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