Apipa Piauí

27 de mar de 20227 min

O que os animais pensam quando se veem no espelho?

Atualizado: 28 de mar de 2022

Diante do espelho, alguns animais demonstram ter consciência de si mesmos a partir do reflexo. Já outros, como os cães, pensam se tratar de outro bicho da mesma espécie.

Ao ver o reflexo no espelho, cães costumam estranhar, pensando que se trata de outro animal. Depois de um tempo, a tendência é que os cachorros se acostumem e passem a ignorar os espelhos. (Foto: The Dog People)

Você, provavelmente, já se deparou com fotos e vídeos engraçados de pets reagindo à própria imagem no espelho. Alguns deles estranham o reflexo e podem até mesmo latir e rosnar, como se houvesse ali outro animal. Outros se aproximam da imagem refletida na superfície, numa tentativa de farejá-la ou tocá-la com a pata.

Considerados fofos por muitos tutores, comportamentos como estes são amplamente estudados por áreas como etologia, ecologia comportamental, psicologia e neurociência cognitiva. Isso porque a percepção do reflexo em um espelho é tida como uma comprovação de que aquele animal se reconhece e, consequentemente, tem consciência de si mesmo.

A experiência com o reflexo, inclusive, é base para o teste de autorreconhecimento. Muito utilizado pela psicologia comparada, o teste do espelho consiste em pintar o animal com uma substância inodora e colocá-lo em frente ao espelho – se ele tentar tocar ou remover a mancha em si mesmo depois de olhar a sua imagem, significa que o bicho passou no teste.

Alguns animais, como certos primatas, golfinhos e, claro, os seres humanos, conseguem se identificar e passam no teste. Por outro lado, outros bichos, como aves, cães e gatos, não passam.

De acordo com a bióloga Natalia de Sousa Albuquerque, doutora em comportamento animal, os cachorros não sabem que a imagem corresponde a eles mesmos, mas eles não deixam de percebê-las. "Para eles, aquela imagem é de outro cão", ela diz.

Isso explica a reação de estranhamento e latidos. No caso das aves, é comum que elas se arremessem contra um retrovisor, por exemplo, por achar que se trata de um macho invasor.

Polêmicas e controvérsias

Contudo, segundo Natalia, a ideia do reconhecimento visual é polêmica porque não considera as particularidades ecológicas de cada animal.

"Temos que pensar que a imagem refletida não é algo ecologicamente relevante para muitos bichos. Se pensarmos no cão e em sua evolução, ele era um animal do tipo lobo que, provavelmente, passava a vida inteira sem nunca ver a sua própria imagem refletida em uma poça de água ou em um rio. Se ele não conseguia se enxergar, como iria ter a capacidade de se perceber visualmente?", provoca.

Ela diz que, para muitos pesquisadores, o teste do espelho não discorre realmente sobre o fenômeno do autorreconhecimento para todos os animais, por ser limitado e não apropriado para as características de alguns bichos.

A médica-veterinária Sabina Scardua, doutora em comportamento animal e colunista do Vida de Bicho, concorda. "Há tantos vídeos e memes dos animais perante o espelho usados como diversão, passando uma ideia injusta de como eles são ignorantes ou estúpidos. É a reação do animal a um estímulo inteiramente novo, que desperta as mais variadas emoções", diz.

Para ela, devemos encarar o espelho como um objeto novo para o pet, e não como uma evidência de autorreconhecimento, já que eles utilizam muito mais outros sentidos para experimentar o mundo, como o olfato e audição, no caso dos cachorros.

"É possível que, para os cães, não seja uma tarefa tão óbvia se reconhecer no espelho. Talvez não seja ecologicamente relevante, porque os cachorros utilizam muito mais os outros sentidos [para a percepção]", explica Natalia.

Teste adaptado

De tão plausível, a discussão levou à elaboração de um teste do espelho adaptado. A pesquisadora Alexandra Horowitz, da Columbia University, dedica a sua vida acadêmica a entender o que realmente significa ser um cachorro. Nesse sentido, ela traduziu os estudos de autorreconhecimento no espelho para espécies cuja modalidade sensorial primária é o olfato, e não a visão. O resultado foi que cães se reconhecem a si mesmos por meio do odor.

Pesquisadores da área de psicologia e comportamento animal defendem que os cães conseguem se autorreconhecer por meio do odor, já que o seu olfato é aguçado. (Foto: CreativeCommons)

"Ao se reconhecer de forma diferente em relação ao ambiente e aos outros indivíduos, o animal tem consciência de sua existência. Até que ponto essa consciência é elaborada no sentido existencial, de saber por que que ele veio ao mundo, a gente não sabe. Mas sabemos que a capacidade de autorreconhecimento está relacionada à autoconsciência", diz Natalia.

Está bem, mas e os cachorros com os espelhos?

Muitos cães tendem a apresentar os comportamentos supracitados nas primeiras vezes em que percebem a imagem refletida. No entanto, a tendência é que, com o passar do tempo, eles passem a ignorar o espelho, entendendo que aquilo não representa uma ameaça.

Aqueles que são acostumados com a presença de espelhos em sua altura desde filhotes podem apresentar menos reações exageradas e, inclusive, a capacidade de se orientar ou usá-lo como ferramenta – por exemplo, para localizar o tutor no ambiente.

Junto ao olfato, a audição canina é um sentido que supera a visão nos cães – por isso, estudiosos defendem que o teste do espelho não seria o ideal para testar esta espécie. (Foto: CreativeCommons)

Para aqueles bichos não acostumados com o instrumento, no entanto, a interação pode ser um pouco estressante, especialmente entre os animais mais medrosos ou agressivos.

"Um cão que costuma ter problemas com outros animais pode perceber o espelho como algo negativo e pode acabar ficando estressado, já que percebe que ali existe uma figura. Então, dependendo do cachorro, é possível que haja uma reação negativa àquela imagem", explica Natalia.

Ela diz ainda que a exposição a muitos estímulos, como um ambiente todo espelhado, pode provocar estresse. O ideal é que, para animais ansiosos, os tutores tenham o cuidado de posicionar os espelhos em uma altura inalcançável a eles.

A Dra. Sabina complementa: "Caso o pet esteja muito frágil, como um cão recentemente tirado das ruas, vale minimizar os estímulos novos e ir apresentando-os de forma gradativa, até que o medo diminua. Quanto mais novidade no ambiente, mais desafiador é para o animal. Quando falamos de um bicho traumatizado ou com medo, menos é mais, até que ele vá ganhando confiança. Isso inclui secador de cabelo, aspirador de pó, objetos grandes ou barulhentos demais, espelhos, cheiros estranhos, etc.", diz.

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