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Jane Goodall: 'o desprezo pela natureza causa esta pandemia'

Em entrevista por teleconferência, a primatologista britânica Jane Goodall, de 86 anos, fala sobre a crise mundial resultante da disseminação do novo coronavírus. Ela afirma que essa pandemia já era esperada há muito tempo, sendo uma consequência do desprezo que o ser humano tem pela natureza e da sua falta de respeito pelos animais.

A primatologista britânica Jane Goodall é a mensageira da paz das Nações Unidas. A cientista fundou o 'Jane Goodall Institute' e é afiliada ao grupo defensor dos animais 'Humane Society of the United States'. Os seus estudos contribuíram para o avanço dos conhecimentos sobre a aprendizagem social, o raciocínio e a cultura dos chimpanzés selvagens. O seu trabalho é reconhecido em todo o mundo. (Imagem: National Geographic)

A famosa primatologista britânica, Jane Goodall, de 86 anos, que dedicou sua vida à defesa dos animais e do meio ambiente, diz que o 'desprezo' pelo meio ambiente causou a crise do novo coronavírus. A cientista alerta que é hora da humanidade aprender com os próprios erros para tentar evitar mais catástrofes no futuro. Confira entrevista.


Como você vê essa pandemia?


Nosso desprezo pela natureza e nossa falta de respeito pelos animais, com quem deveríamos compartilhar o planeta, causaram essa pandemia esperada há muito tempo. À medida que destruímos as florestas, por exemplo, as diferentes espécies de animais que vivem nelas são obrigadas a se mover e as doenças passam de um animal para outro. E esse outro animal, obrigado a estar mais próximo dos humanos, provavelmente pode infectá-los.


Também há a caça de animais selvagens, vendidos nos mercados da África e Ásia, especialmente na China, onde são criados em cativeiros superlotados, que abrigam de forma cruel bilhões de animais. Essas condições dão oportunidade para os vírus passarem entre as espécies e atingirem os seres humanos.



O que pode ser feitos com estes mercado de animais?


É realmente bom que a China tenha fechado os mercados de animais vivos. É uma proibição temporária, que esperamos que se torne permanente e que outros países asiáticos adotem. Mas na África será muito difícil parar de vender carne de caça, porque muitas pessoas dependem dela para sua subsistência. Você terá que pensar muito em como fazê-lo, porque não pode impedir alguém de fazer algo quando não tem dinheiro para viver ou sustentar sua família. Mas que essa pandemia pelo menos nos ensine o que fazer para evitar a próxima.



O que podemos esperar?


Temos que entender que fazemos parte do mundo natural, que dependemos dele e que, ao destruí-lo, roubamos o futuro de nossos filhos. Espero que, como resultado dessa resposta sem precedentes, esses confinamentos impostos ao redor do mundo, mais e mais pessoas abram os olhos e comecem a pensar maneiras diferentes de viver suas vidas.


Qualquer um pode fazer algo que causa impacto todos os dias, se pensar nas consequências das pequenas escolhas: o que comemos, de onde vem, se causou crueldade a qualquer animal, se provém da agricultura intensiva, que é a maioria dos produtos, se é barato pode ser graças à exploração infantil, se sua produção prejudica o meio ambiente, quantos quilômetros teve que percorrer, se andarmos em vez de pegar o carro …


As pessoas pobres não podem escolher entre esses dilemas éticos, precisam fazer o que podem para sobreviver, não podem fazer essas perguntas sobre o que compram, porque deve ser o mais barato. E eles cortarão a última árvore porque estão desesperados para encontrar terras para plantar algo para comer … O que cada um de nós pode fazer em nossas vidas depende de quem somos, mas todos podemos fazer a diferença, todos.


Essas declarações foram dadas em uma teleconferência por ocasião da estreia do novo documentário produzido pela National Geographic, “Jane, uma mensagem de esperança”.




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Com informações do Exame

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