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Fim do turismo de entretenimento com animais pode evitar novas pandemias

Atualizado: 7 de jun. de 2020

Proteção Animal Mundial envia carta à OMT solicitando que esta Organização esteja à frente dos esforços para garantir que animais silvestres não sejam mais explorados para fins de entretenimento pela indústria do turismo no mundo. Carta é assinada por mais de 150 outras organizações que apoiam a iniciativa.

Animais silvestres são retirados de seu habitat natural e forçados a uma vida em cativeiro, sendo submetidos a terríveis torturas físicas e psicológicas. Explorar estes inocentes para fins de entretenimento é uma prática medieval e perversa que é mantida pela indústria do turismo em diversos países do mundo. Diga NÃO a esta barbárie! (Foto: Pixabay)

A Proteção Animal Mundial, ONG que trabalha em prol do bem-estar dos animais, enviou uma carta aberta para a Organização Mundial do Turismo (OMT) pedindo que a Instituição e seu Comitê de Crise para o Turismo Global liderem o caminho para garantir que animais silvestres não sejam mais explorados em atrações de entretenimento pelo mundo.


Além da Proteção Animal Mundial, mais de 150 outras organizações assinam a carta, dentre elas a Aliança Pró Biodiversidade, Instituto Arara Azul, HSI (Humane Society International), Freeland Brasil, Fundação Born Free, AWI (Animal Welfare Institute), além de empresas de turismo, como Gondwana Brasil, Intrepid Travel, Inverted America e Vivejar, e associações que representam o setor, com destaque para o Coletivo Muda!.


Severamente impactado pela pandemia do novo coronavírus, o turismo mundial busca formas para se recuperar gradativamente a partir das medidas de relaxamento propostas pelos países. Organização multilateral chave para o setor, a OMT elaborou um conjunto de 23 recomendações para a indústria voltar a crescer, contudo, nenhuma delas inclui a proteção da vida silvestre.


"Com a crise da Covid-19, ficou evidente a relação existente entre a exploração comercial de animais silvestres - como aquela realizada pela indústria de turismo, quando mantém cruelmente em cativeiro animais para a diversão de turistas - e os riscos dessa prática para a saúde humana, economia e os níveis de emprego. O contato próximo e desnecessário entre humanos e esses animais aumenta as chances de transmissão de zoonoses, o que pode ter efeitos catastróficos e devastadores, como o que estamos vivendo agora", afirma João Almeida, gerente de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial.



Espetáculos de golfinhos, passeios em elefantes e dromedários e abraços e selfies com bichos-preguiça, araras e tigres são exemplos de atrações turísticas que oferecem interação com a vida silvestre em cativeiro, representando aproximadamente 40% do turismo em todo o mundo.


O crescimento exponencial do turismo nas últimas décadas gerou um crescimento no comércio de animais para serem explorados pela indústria. Nesses locais, essas espécies sofrem em condições desumanas de cativeiro, são usadas como acessórios para atividades totalmente antinaturais, além de viverem confinados, acorrentados, sofrendo abusos físicos e psicológicos durante toda a vida.


"A retórica da indústria faz com que milhões de turistas consumam de maneira inconsciente, ao pensar que os espetáculos e as experiências ofertadas estão livres de sofrimento animal, ou que o foco sejam supostos benefícios educacionais, de preservação do meio ambiente ou de conservação da biodiversidade. Contudo, as evidências e dados científicos mais atuais mostram como essa narrativa tem pouco fundamento", explica Almeida.



Estima-se que até 550 mil animais silvestres sejam mantidos em cativeiro para serem explorados pela indústria de turismo. Esse comércio, que movimenta bilhões de dólares todos os anos, retira animais de seus ambientes naturais – estimulando o comércio ilegal e legal e ameaçando a biodiversidade – e impulsiona a criação em cativeiro para fins meramente comerciais, expondo-os à crueldade e ao estresse permanentes, com animais imunodeprimidos e todo um ambiente favorável ao surgimento e proliferação de novas doenças infecciosas.


"Para que a indústria do turismo retome e volte mais forte, a OMT precisa garantir a proteção dos animais silvestres que estão aprisionados pelo setor e coibir que novos animais sejam mantidos em cativeiro para a exploração pelo entretenimento. Além disso, a Organização deve incluir dentre os seus parceiros os verdadeiros santuários de vida silvestre e as atrações que ofereçam uma observação responsável dos animais silvestres livres, em seus habitats naturais", finaliza o gerente.



Fim do comércio de animais silvestres


A Proteção Animal Mundial recomenda que a Organização Mundial do Turismo apele para a eliminação progressiva de todo e qualquer uso da vida silvestre em cativeiro para entretenimento. Ao fazer isso, a OMT tem a oportunidade única de encaminhar e solucionar a exploração e o sofrimento desses milhares de animais. E evitar futuras pandemias, ajudando a proteger a saúde humana ao mesmo tempo em que promove a recuperação responsável e resiliente da economia e do setor turístico.


O pedido para a OMT, faz parte da campanha global da Proteção Animal Mundial que pede que os líderes do G20 trabalhem para a proibição permanente do comércio de animais silvestres no mundo. Em abaixo-assinado, iniciado em maio de 2020, a Organização pede que o tema seja incluído na agenda da cúpula anual do G20 que acontece em novembro próximo. Como parte do G20, o governo brasileiro tem o poder de influenciar as superpotências globais a tomarem a atitude necessária para proteger os animais, as pessoas e o planeta.




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Com informações do Bonde

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