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Conheça os perigos da automedicação em cães e gatos

Atualizado: 4 de fev. de 2020

Se a automedicação é algo muito perigoso para os humanos, o perigo é maior ainda quando um remédio é usado em animais domésticos. Médica veterinária fala sobre os perigos da automedicação em animais de estimação.

CUIDADO! A automedicação pode matar seu pet. (Foto: PetCare)

Cuidar de um animal de estimação não é uma tarefa simples, principalmente naqueles momentos em que temos de vê-los passando mal. São nestas situações que muitos tutores tomam uma decisão precipitada, quando optam pela automedicação, ou seja, medicação sem prescrição do profissional capacitado, o médico veterinário. Para piorar a situação, na maioria das vezes, recorrem a medicamentos encontrados em casa, aqueles para uso humano.


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Este esforço em minimizar o sofrimento, associado à falta de conhecimento, pode ser extremamente nocivo à saúde de cães e gatos. O uso indevido de medicamentos pode levar o animal a um quadro de intoxicação, mascarar os sinais clínicos de uma enfermidade mais grave ou ainda piorar o estado clínico do animal, podendo, em determinados casos, levá-lo à morte.


Os animais possuem uma resposta farmacológica diferente dos seres humanos. Um remédio que é inofensivo à nossa espécie pode fazer muito mal a cães e gatos. É comum, na rotina clínica, casos de intoxicação, alergias ou reações adversas a determinados remédios que são inofensivos aos humanos ou a outras espécies animais.


Gatos são mais sensíveis e apresentam grande intolerância a medicamentos que são usados sem maiores problemas em cães e humanos. Alguns medicamentos podem ser fatais. Alguns princípios ativos têm seu uso proibido em cães e gatos, tais como:

  • Princípios ativos proibidos para gatos ácido acetilsalicílico, paracetamol, diclofenaco sódico, ibuprofeno, peróxido de benzoíla, entre outros.

  • Princípios ativos proibidos para cães diclofenaco de potássio, diclofenaco de sódio, Piridium®, entre outros.


Se a automedicação é algo muito perigoso para os humanos, o perigo é maior ainda quando um remédio é usado em animais domésticos. Quando um animal está doente, muitos tutores cometem o erro de medicar por conta própria – e pior ainda, não muito raro, como já mencionado, eles aplicam remédios de uso exclusivo humano em cães e gatos.


A médica veterinária Rhéa Cassuli Lima dos Santos explica sobre os perigos de bancar o veterinário caseiro.


Nunca administre medicamentos de uso humano


Quando se trata do uso de produtos fabricados apenas para o consumo do homem, a Dra. Rhéa enumera o que pode acontecer com os caninos e felinos que ingerem analgésicos e afins. "Os antigripais humanos contêm princípios ativos altamente nocivos e até mesmo tóxicos para cães e gatos. O paracetamol e o diclofenaco, por exemplo, podem levar à falência renal, ulcera gástrica e pancreatite. Muitas vezes, dependendo da dose, podem levar o animalzinho à morte. O diclofenaco é tão nocivo para cães e gatos que até mesmo o contato com pomadas e gel que contém a substância pode levar a problemas muito sérios".


A Dra. Rhéa afirma que a falta de conhecimento dos tutores pode intoxicar o cachorro ainda mais. Para a especialista, muitas vezes após a intoxicação ocorre vômito, e por medo de ter 'perdido' a medicação, ou por achar que o animalzinho está piorando, o tutor acaba dando uma nova dose da medicação, o que agrava o quadro ainda mais.


Nunca medique por conta própria


O uso de remédios próprios para animais também gera complicações quando não há um veterinário acompanhando todo o processo. A médica veterinária alerta sobre os perigos que os animais correm quando seus tutores resolvem usar conselhos de amigos ou mesmo buscas pela Internet.


"Além da dose e frequência da administração serem nocivas, se erradas, as medicações têm contraindicações em certos casos. Por exemplo, pacientes com problemas gastrointestinais e doença renal não devem receber certos anti-inflamatórios mesmo que de indicação veterinária. Nem todo medicamento para cães pode ser usado para gatos", conta Dra. Rhéa, que ainda aponta que diferentes raças são mais sensíveis a certos medicamentos, podendo levar até mesmo à morte.


Nunca administre chás ou remédios caseiros


A especialista alerta ainda sobre chás e medicamentos caseiros que podem alterar ainda mais a situação do paciente. "Na piora, o responsável procura o medico veterinário, mas muitas vezes não conta sobre o que administrou, pois acredita que por ser caseiro não precisa ser mencionado", revela a Dra. Rhéa, explicando que essas informações, quando omitidas, podem dificultar o trabalho do médico veterinário.





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Com informações da ANDA

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