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Síndrome da Disfunção Cognitiva: animais podem ter Alzheimer?

Assim como acontece com os humanos, animais também envelhecem e se tornam mais propensos a certas doenças. A Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC) afeta as habilidades cognitivas e provoca perda de memória. Nos peludos, a velhice chega por volta dos sete anos de vida, idade em que os sinais podem começar a surgir.


Pets idosos também podem desenvolver o Alzheimer, doença neurológica degenerativa em que há morte das células cerebrais, sendo caracterizada por destruir a memória e outras funções essenciais. (Foto: Getty Images)

Ele não reconhece mais os humanos da casa, esqueceu como se faz para beber água e não se lembra do caminho até o pote de comida. Quando se depara com algum dos cantinhos da sala onde mora, fica 'preso' e não sai até que alguém o ajude.


Há cerca de dois anos, Bolinha, um cachorrinho Lhasa Apso caramelo, com barbicha preta, hoje um senhorzinho de 14 anos de idade, começou a manifestar andar em círculos, perder o equilíbrio, latir desorientado e não conseguir mais comer, pelo simples fato de não saber mais como realizar todo o processo das refeições. O diagnóstico foi um tipo de Alzheimer canino.


Assim como ele, outros cães, gatos e até animais silvestres também podem ter uma doença equivalente ao Alzheimer humano chamada Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC). Ela aparece em forma de uma espécie de desordem neurodegenerativa com sinais progressivos de alteração mental e demência.


Mais comum na velhice


Por ser uma condição neurodegenerativa relacionada à idade, a doença geralmente acomete animais idosos, principalmente com mais de 8 anos. Estudos mostram a prevalência de 28% em cães com 11 e 12 anos, e 68% nos doguinhos com 15 a 16 anos.


A incidência em gatos acontece entre 11 a 14 anos de idade e pode atingir o percentual 28%, chegando a 50% nos felinos com 15 anos de idade.


Além da idade avançada, sexo e porte dos animais também representam fatores de risco. As cadelas têm maior risco de desenvolverem a síndrome, assim como cães de pequeno porte.


Como desacelerar o processo


A alimentação tem impacto direto no desenvolvimento e progressão do declínio cognitivo em animais.


Segundo Frederico Fontanelli Vaz, veterinário e coordenador do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, já foi reportado na literatura que carne vermelha, frango, açúcar refinado, alimentos processados e com alto teor de gordura podem contribuir para a evolução da doença.


Portanto, os especialistas recomendam a adição de suplementos antioxidantes na dieta dos pets, probióticos, triglicerídeos de cadeia média, vitaminas B, C e E, ômega 3, peixes, entre outros. Medicamentos podem ser utilizados para diminuir os sinais clínicos de ansiedade e ciclos sono-vigília anormais.


Assim como a alimentação, a falta de estímulos também pode contribuir com a doença. "Animais pouco estimulados, entediados e com pobre enriquecimento ambiental durante a vida podem se tornar mais propensos ao desenvolvimento da síndrome com a idade avançada", afirma Vaz.


"De forma semelhante aos humanos, em animais podemos oferecer desafios comportamentais e enriquecimento ambiental de tal forma que o animal exercite mais sua atividade motora, comportamento e atividade cerebral. Isso melhora os sintomas e a qualidade de vida", afirma Luiz Carlos de Sá Rocha, mestre e PhD, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.


No ambiente, enriquecimentos cognitivos podem ser utilizados através de exercícios regulares, interações sociais e fornecimento de novidades aos pets.


Tratamento com Canabidiol


A Medicina Veterinária tem utilizado as substâncias THC (tetrahidrocanabidiol), CBD (canabidiol) e mais de 150 canabinoides já conhecidos com bons e significativos resultados em animais com doenças neurológicas, autoimunes, dores crônicas, problemas ortopédicos e até câncer.


Para o cãozinho Bolinha, essa opção tem sido determinante. Segundo sua tutora, agora ele parece que está recuperando a força nas patinhas e voltou a ficar animado para passear. Também está mais calmo.


"Sei que algumas coisas nunca mais serão como antes e que a doença vai avançar, mas vou sempre cuidar dele e o que ele esquecer, vou lembrando por ele", diz a tutora Victoria.



Mais alternativas em vista


Assim como a cannabis medicinal indicada para o Bolinha, alguns outros tratamentos experimentais vêm sendo adaptados para animais, especialmente para os cãezinhos.


O uso de Selegilina tem se mostrado eficaz na melhoria das funções cognitivas dos cães e retardo na progressão dos sinais clínicos, porém os resultados apresentam variabilidade de acordo com o paciente.


Além disso, fármacos e medicamentos utilizados em seres humanos têm sido testados em animais com bons resultados, mas temporários ."A tacrina, por exemplo, é um destes medicamentos, mas os resultados não são facilmente quantificados como em seres humanos", diz Sá Rocha.


O alto custo de tratamentos prolongados, de acordo com ele, provoca baixa aderência dos tutores de pets, o que dificulta o avanço da terapêutica veterinária nesta área.


"Os seres humanos que viverão mais de 100 anos já nasceram, segundo especialistas, e obviamente estão carregando esses avanços para nossos queridos animais. Novos problemas deverão surgir, mas também virão novas soluções. Vamos em frente!", finaliza Sá Rocha.



 



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Com informações do UOL/Bichos

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