Tutores precisam estar atentos a certos perigos que a primavera traz para os pets. Além de flores e plantas tóxicas, o pólen, a poluição e os insetos são os grandes vilões da estação para a saúde dos animais.
A primavera chegou trazendo com consigo o nascer das flores, que colorem ruas e jardins e embelezam os espaços. Para quem tem cães ou gatos, porém, é um momento de redobrar os cuidados. Isso porque algumas espécies de plantas e flores possuem substâncias tóxicas que podem colocar os animais de estimação em risco. O contato pode acontecer por curiosidade dos bichos, que interagem com as plantas e, às vezes, até mesmo as ingerem. Além das plantas, insetos também podem trazer desconforto ao amigo peludo. A Primavera Austral (Hemisfério Sul) tem início em 23 de setembro e vai até 21 de dezembro, quando se inicia o verão.
A médica veterinária Tessia Cagnoni fala sobre os perigos da primavera para os pets, dando ênfase aos riscos oferecidos pelas flores venenosas. “Se ingeridas, pode levar o paciente ao óbito por serem extremamente tóxicas”, afirma.
Confira alguns exemplos de plantas tóxicas, perigosas à saúde dos pets:
Azálea;
Hera;
Hortênsia;
Antúrio;
Mamona;
Copo de leite;
Espada de São Jorge;
Bico de papagaio;
Comigo-ninguém-pode;
Coroa-de-cristo;
Costela-de-Adão;
Crisântemo;
Lírio;
Beladona;
Mandioca brava;
Orelha de elefante;
Adubo “torta de mamona”.
“Com o aparecimento das flores, surgem outros problemas: a infestação de insetos, como as abelhas, formigas, lagartas e aranhas, além de sapos, que são venenosos”, lembra Tessia. Além das flores, a médica veterinária explica que adubos e pesticidas também podem apresentar grandes riscos à saúde dos cães e gatos. Segundo ela, os pets podem ter graves riscos de intoxicação, e os felinos principalmente são mais suscetíveis a doenças pulmonares.
O pólen, que consequentemente aumenta com o desabrochar das flores, é causador de diversos tipos de alergia, e também se dispersa mais facilmente na primavera. “Ele traz desde manifestações respiratórias até as dermatológicas”, explica Tessia. "Para completar, o uso ampliado de inseticidas faz com que surjam as alergias respiratórias, que, quando associadas à baixa umidade, favorecem as infecções oportunistas", complementa.
Nessa época do ano a população de pulgas, pernilongos e carrapatos também aumenta. “Eles são responsáveis pela transmissão de várias doenças graves e letais, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo”, ressalta.
Para manter seu pet saudável durante a primavera, é simples: basta seguir as dicas que Tessia passou abaixo.
Ofereça água e alimentos sempre frescos e renovados;
Controle os insetos e parasitas;
Mantenha os animais em ambientes frescos, arejados, sem de uso de desinfetantes concentrados e perfumados;
Não frequente espaços com vegetação que tenha mais de 10 cm de altura;
Não deixe plantas tóxicas ao alcance dos pets.
Em caso de ingestão de plantas tóxicas, procure o médico veterinário, o mais rápido possível, para evitar que o pet sofra consequências graves.
Os possíveis problemas com a ingestão são salivação excessiva, dor, edema, dificuldade de deglutição, vômitos, diarreias e perda de apetite. Em qualquer um dos casos, a recomendação é que o animal receba atendimento médico.
O médico veterinário Flavio Silva aconselha a manter as plantas em lugares altos e inacessíveis – como em cima de móveis ou penduradas em suportes. Gatos, que costumam ser escaladores, precisam de atenção extra.
Uma rotina e um ambiente saudável aos pets podem ajudar a evitar a intoxicação por ingestão de plantas ou flores. “Essas atividades diminuem o tédio e o estresse dos bichos, direcionando a atenção deles para brinquedos adequados”, explica Silva.
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Com informações do Canal Pet e Metro Jornal
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