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Pandemia: abandono e adoção de animais

Pandemia traz consigo caos social e realidade sombria para animais. Preconceito e desinformação, crise econômica e medo de contaminação são algumas das causas do aumento de cães e gatos nas ruas das grandes cidades. Contudo, para as pessoas solidárias e esclarecidas, a adoção de pets se traduz em ajuda mútua, minimizando os efeitos nefastos do isolamento social.

Erika Christina e os filhos Matheus e Thiago aproveitam o tempo brincando com Luke, cãozinho adotado pela família. (Foto: Arquivo pessoal)

Ao mesmo tempo em que aumenta a procura de animais como companheiros durante o isolamento social, o número de casos de abandono de cães e gatos, especialmente nos grandes centros urbanos, tem crescido de forma assustadora.


“Muitas famílias tiveram que adaptar o planejamento econômico neste momento. Isso porque algumas pessoas perderam o emprego ou tiveram seus rendimentos reduzidos, e manter um animal não é somente tê-lo ali, mas, também, direcionar a ele cuidados básicos, o que tende a gerar altos gastos. E, justamente por isso, o abandono do pet, infelizmente, acaba sendo a primeira opção para reduzir os custos”, explica o diretor da ONG 'Adote meu Dog', Jonathan Braga Teixeira Arantes, de 31 anos.


Arantes ressalta que, devido à falta de conhecimento sobre abrigos e demais instituições que trabalham em prol do resgate e proteção animal, o destino escolhido para esses animais geralmente são as ruas. E, conforme relatado pelo diretor da ONG, o receio e a vergonha também interferem nessa decisão, fazendo com que os pets sejam abandonados em locais quase que desconhecidos e afastados.



“Outro fator capaz de influenciar na decisão de tutores em deixar seus bichinhos de estimação nas ruas é a falta de informação. Muitas pessoas acreditam que o animal será um vetor de propagação do vírus”, destaca. No entanto, a médica veterinária Sílvia Helena Marotta Alves explica que não há informações que indiquem que os animais desenvolvam a doença. E nem que o contato entre pele humana e o pelo do animal possa ser uma via de transmissão.


Vale ressaltar, no entanto, que abandonar um bichinho inocente à própria sorte consiste num ato bárbaro de pura covardia, emanado de humanos insensíveis e perversos, desprovidos de amor e compaixão, incapazes de sentir remorso.



CRIME. “As pessoas precisam entender que o abandono é uma covardia. E é um crime. Além disso, ao deixar um animal solto nas ruas, sem qualquer amparo, o tutor transfere sua responsabilidade para toda a sociedade, causando assim uma espécie de caos, possibilitando a ocorrência de acidentes e/ou maus-tratos ao animal”, afirma Lívia Almeida, de 37 anos, voluntária da ONG Bicho Loko.


Frente ao crescente abandono de animais de estimação, o diretor da ONG 'Adote meu Dog' conta que cerca de 12 cães e/ou gatos são recolhidos das ruas diariamente pela entidade, em Belo Horizonte. Mesmo com os altos índices de abandono, o número de animais adotados cresceu.



“A Laicca e o Nick preenchem meu dia. Acordo, abro a porta do meu quarto, e lá estão eles me esperando para brincar com as bolinhas. Assim, já começo meu dia sorrindo”, diz a economiária Elayne do Socorro Madureira Nunes, de 54. Ela conta, ainda, que Laicca e Nick se tornaram parte integrante da família.


Elayne e os dois cachorrinhos, Laicca e Nick, ambos adotados. (Foto: Monica Santiago)

Outra vida salva foi a de Luke, filhote de uma cadela que havia sido recolhida de um canil clandestino. A funcionária pública Erika Christina Horta Piazarollo, de 49, e seus filhos, Matheus Horta Piazarollo, de 15, e Thiago Horta Piazarollo, de 13, foram os responsáveis pela adoção. “Estávamos em plena pandemia quando o adotamos, e não tinha noção que nos apaixonaríamos tão rapidamente pelo nosso filhote. Luke está sempre do nosso lado, seja no home office ou nas atividades do dia a dia”, conta Erika.



Mestrando em ciência e tecnologia dos materiais, no Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Bruno Lourencio, de 24, adotou Gaia, uma cadelinha de dois meses que, segundo ele, levou muita agitação para o novo lar. “Durante a quarentena, acabei ficando um pouco sedentário, e como ela é cheia de energia, acaba fazendo com que eu me movimente bastante enquanto brinco com ela”, diz.


PRECONCEITO. Miriene Fernanda Lorenzi, de 32, é responsável pela 'Gato Uai', um projeto em parceria com amigas, que resgata gatos das ruas de Belo Horizonte e assume a missão de encontrar um novo lar para eles. “Ainda existe muito preconceito, mas aos poucos, devido ao trabalho de conscientização de abrigos e protetores, isso está diminuindo. Gatos são animais extremamente companheiros e conviver com eles é algo muito especial”.



A biomédica Sara Luana Ribas Duarte, de 30, e o marido, o analista de sistemas Frederico Fonseca, de 37, adotaram a gata Luna, de apenas três meses. “Ela chegou em nossas vidas muito bebê. A companhia dela tem nos ajudado muito a passar por esse momento difícil, pois ela é muito presente, está sempre conosco, seja durante o trabalho ou quando estamos assistindo à televisão”, diz.


Sara Luana e seu marido Frederico Fonseca curtindo a companhia da gatinha Luna, de apenas três meses, adotada pelo casal. (Foto: Arquivo pessoal)




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Com informações do Estado de Minas

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