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Manual de resgate: saiba como ajudar animais abandonados

Você também pode resgatar um pet abandonado e ajudá-lo a ter um lar e uma vida feliz. Confira as dicas e orientações.

Resgatar um animal abandonado é um ato de amor e solidariedade, e requer alguns cuidados. Antes de tirar um gato ou cão da rua, tenha noção de que, ao fazê-lo, a responsabilidade daquela vida passa a ser sua. Isso inclui abrigo e algum tratamento que ele possa necessitar. (Foto: Dejan Kolar / iStock)

As práticas do abandono de animais de estimação no Brasil já se banalizaram. As redes sociais ajudam a disseminar as informações e os milhares de pedidos de resgate para animais abandonados. Infelizmente, quem paga um preço muito alto pela omissão de cuidados é o bicho, que, sem voz, sempre precisa contar com as ações dos humanos de boa vontade para sua proteção.


Pensando nisso, criamos um pequeno manual de conduta durante um resgate animal para que você saiba o que fazer, para onde levar o pet resgatado e os principais cuidados que deve ter. Resgatar um animal abandonado é um ato solidário e respeitável! E lembre-se: não querer tornar-se tutor definitivo de um animal não é razão para não resgatá-lo.


Muitas vezes, por medo ou falta de conhecimento, alguém deixa de comunicar uma situação de crime ou abandono às autoridades competentes. Ainda há aquelas situações em que uma pessoa bem intencionada tenta ajudar, mas, por não ter recebido a orientação adequada, não consegue efetuar o resgate.


O mais comum é encontrar cães abandonados nas ruas. Gatos são mais ágeis e se escondem em qualquer ambiente, o que dificulta a confirmação da situação de abandono. “A primeira ação que devemos ter em mente é que devemos pensar na segurança do animal e do ser humano envolvido nesse resgate. O animal pode estar machucado, sentindo dor, assustado e, por isso, tornar-se agressivo, tentando se defender. Por isso manter a calma e ter total controle sobre a situação é o passo mais importante”, explica a médica veterinária Janaina dos Reis.



Manual de resgate animal


É importante que você tenha em mente que, ao resgatar um animal abandonado, precisa responsabilizar-se por ele do início até o fim. O resgate não se limita à remoção do animal, mas também implica em acomodação, alimentação e todos os cuidados até que ele seja definitivamente adotado. Portanto, quem retira um animal da rua torna-se responsável por ele.


Se sua intenção não for adotar o pet resgatado, o primeiro passo é oferecer água e alimentação. Depois disso, busque ajuda e promova a adoção. “Devemos usar e abusar das redes sociais para esses momentos iniciais de ajuda a um animal. Mas apenas tirar foto da situação, postar no Facebook e fornecer dados como localização e condições do animal não vai ajudá-lo”, diz a veterinária.


“Gatos tendem a ser mais assustados durante o processo de resgate, por isso, redobre a atenção. Utilize uma caixa de transporte para os gatos, geralmente eles não se adaptam ao uso de guias. Para os cães, use sempre uma coleira com guia ao se aproximar e proteja braços, pernas e o rosto de possíveis mordidas e arranhões”, explica a especialista.


Seja sensato sempre quando o assunto for segurança. Para que o animal tenha certa confiança neste momento, é válido oferecer alimentos e ter paciência: alguns deles ficam horas desconfiados e não se aproximam do humano até se sentirem seguros. Não ofereça alimentos com tranquilizantes sem que um veterinário esteja acompanhando a situação.


Caso o animal esteja em um lugar que ofereça risco, como barrancos, rios ou árvores, ou que você não se sinta seguro em resgatá-lo, chame o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Ambiental. Eles possuem treinamento para atuar em situações adversas. Mas lembre-se: você ficará responsável por abrigar e cuidar do animal após o resgate.


O segundo passo é dirigir-se a um hospital ou clínica veterinária com o resgatado, para que sua condição física e neurológica seja avaliada. Geralmente os animais de rua estão infestados de pulgas e/ou carrapatos, e isso acarreta doenças transmissíveis a outros pets.


“É recomendado que o animal passe por um período de isolamento, para a observação de sintomas de doenças contagiosas que ele possa apresentar”, orienta a veterinária. Além disso, são colhidos exames básicos como sangue, raspagem de pele e avaliado o quadro clínico geral. Se constatada alguma situação grave, ele pode ficar internado ou entrar em tratamento imediatamente. “É comum, também, que a gente realize procedimentos higiênicos como tosa, banho e corte de unhas”, completa Janaína.


Caso o animal seja liberado após a consulta e não apresente nenhum problema grave de saúde, ele é encaminhado para vacinação completa e castração. “Essas ações variam muito por conta da idade do animal e das condições de saúde. Não temos como cravar o que deve ou não ser feito no momento”, ensina a veterinária.


Em seis anos, uma cadela não castrada pode gerar 64 mil descendentes. Uma gata pode gerar 420 mil descendentes em apenas sete anos, segundo Janaína, com base em dados divulgados pelos CCZs (Centro de Controle de Zoonoses) das cidades.


A falta de controle populacional de animais e o desconhecimento do entendimento de 'guarda responsável' são os fatores que mais se destacam no problema do abandono de animal de estimação. Castrar um animal faz bem para a saúde dele e ao meio ambiente.


Se o cão ou gato for deslocado para um ambiente em que já existam outros pets, é interessante que ele fique isolado e que a apresentação seja feita com calma, para não gerar brigas. “Se o veterinário liberar o contato com outros animais, todos precisam estar em segurança. É preciso que você conheça todos os animais que estarão no mesmo ambiente. Por isso, mantenha o resgatado em um local isolado até que você tenha certeza se ele tem um bom relacionamento com seus pets e vice-versa”, mostra Janaína.


Por fim, para promover a adoção deste animal, ele deve estar vacinado e já castrado. Alguns CCZs oferecem a castração gratuita e, também, a vacinação contra a raiva. As demais vacinas precisam ser feitas por clínicas cadastradas e por médicos veterinários. “Não é indicado comprar vacinas em lojas especializadas e aplicar por conta própria, pode ser prejudicial para a saúde do animal.”


O papel das ONGs


Existem muitas ONGs que se dedicam à proteção animal, oferecendo abrigo e assistência. Quase sempre, estes abrigos estão superlotados de animais resgatados do abandono e de outras situações de maus-tratos. Assim sendo, por falta de espaço e estrutura elas não conseguem acolher mais um, em determinado momento. Por conta disso, a prática de lar temporário (ou lar transitório) tem sido tão requisitada nas redes sociais.


Ao oferecer lar temporário a um pet resgatado, o humano ajuda e representa a ONG, abrigando o animal em sua residência durante o processo de tratamento médico, vacinação e castração, durante todo o período em que ele precisar de atenção especial e até que esteja pronto para ser adotado. Geralmente, neste período transitório em que o animal permanece em lar temporário, a ONG arca com as despesas do bicho, quando a sua situação financeira é favorável. É importante ressaltar que, via de regra, estas instituições não recebem nenhuma subvenção governamental, sobrevivendo somente das doações que coletam.


Além das ONGs, existem os protetores independentes que praticam uma assistência similar. Buscando apoio nas redes sociais ou usando os próprios recursos financeiros para viabilizar as ações, eles realizam os resgates, tratam e disponibilizam animais carentes para adoção.


Confira as dicas da protetora Patricia Alcolea, que produziu um vídeo ensinando 'como ajudar animais abandonados'.


Assista ao vídeo / Canal AUnimal com Patricia Alcolea


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APIPA inicia vaquinha virtual com objetivo de quitar elevadas dívidas em clínicas veterinárias. Para participar nesta corrente de amor e solidariedade e dar a sua contribuição para nos ajudar a pagar as nossas dívidas, pedimos que acesse a página da campanha na Kickante para fazer a sua doação à APIPA. Participe e nos ajude agora (link abaixo)!






Para adotar um amiguinho em Teresina, conheça o abrigo de animais carentes da APIPA.


Com informações do Catraca Livre

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