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Dia Internacional do Gato: veterinária ensina como tratar o felino

A data comemorada em 8 de agosto, foi criada pela ONG canadense 'International Fund for Animal Welfare', em 2002. Tem o objetivo de conscientizar acerca dos cuidados especiais que os tutores devem ter com os felinos, já que eles têm algumas particularidades que exigem atenção.


Para celebrar a vida dos felinos no Brasil, há pelos menos três datas que são reconhecidas como 'Dia do Gato'. São elas: 20 de fevereiro, 8 de agosto e 29 de outubro. Mas para quem é apaixonado por felinos, todo dia é dia do gato. (Foto: Pixabay)

Nesta segunda-feira, 8 de agosto, é celebrado o Dia Internacional do Gato. A data foi criada há 20 anos, em 2002, pela ONG canadense International Fund for Animal Welfare (Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal). O objetivo é conscientizar os tutores sobre como cuidar corretamente de seus bichanos.


Elisangela Trentin, veterinária especializada em felinos e proprietária da clínica Bigodes e Focinhos Cat, na Vila Prudente, na zona Leste de São Paulo, explica que os gatos têm algumas particularidades que exigem atenção especial.


"Os gatos têm suas origens em antepassados livres e trazem consigo as necessidades da caça. Por isso é muito importante que sejam estimulados com brincadeiras para entretenimento e gasto de energia, evitando assim a obesidade e doenças mentais associadas a monotonia", conta.


Abaixo, a veterinária dá dicas para seu gato viver feliz, com saúde e em segurança.


Vacinas em dia


A vacinação desempenha um papel importante para o controle de doenças infecciosas transmissíveis entre os animais, e as zoonoses, que podem passar para os seres humanos.


É um procedimento médico, e a decisão de vacinar, mesmo com vacinas essenciais, deve ser baseado em uma avaliação clinica, de risco e benefício ao paciente.


A AAFP (American Association of Feline Practitioners) produziu as diretrizes de vacinação, ajudando assim os médicos veterinários a selecionar o esquema de vacinação apropriado para cada paciente, baseado na avaliação de risco de cada gato.


No Brasil há quatro tipos de vacinas para felinos. Elas são divididas em essenciais ou não essenciais (tríplice, quádrupla, quíntupla e raiva).


A tríplice confere proteção para panleucopenia, herpes vírus e cálice vírus e é considerada essencial. Inicia-se a primeira dose a partir de seis semanas de idade, com reforços a cada quatro semanas até 20 semanas de idade, com reforços anuais a trianuais, dependendo do risco de exposição a doenças.


A vacina quíntupla confere proteção contra a Felv (leucemia felina), é considerada essencial no primeiro ano de vida. Após isso, a sua necessidade é determinada pelos fatores de risco a que o animal é exposto.


O protocolo inicia-se com oito semanas de idade, totalizando duas doses, sendo uma dose a cada quatro semanas. Os reforços são anuais ou a cada dois anos, dependendo do risco de exposição.


A quádrupla é utilizada em ambientes de alto risco para clamidiose, animais de abrigos e ambientes confinados.


A vacina antirrábica, que evita a raiva, é obrigatória no território brasileiro. Realizada em dose única, a primeira delas com três meses de idade, e os reforços anuais também são obrigatórios. Já existem países europeus onde a raiva foi erradicada, e essa deve ser a nossa meta, aqui no Brasil.



Castração


A castração traz muitos benefícios e nenhuma contra indicação. Deve ser realizada tanto em machos como em fêmeas.


O controle populacional é a principal vantagem da cirurgia. Os bichanos se reproduzem de forma muito rápida. Infelizmente, ainda é bastante comum que pessoas abandonem ninhadas inteiras em locais públicos, o que acarreta na sobrevivência difícil dos animais, em ambientes sem proteção e sem alimento adequado.


Sabemos que os gatos marcam território com a urina. Assim, outro ponto positivo da castração é evitar mau cheiro em ambientes fechados, pois a urina do gato exala forte odor e pode causar desconforto para humanos e também para outros gatos que convivem no mesmo local (nesse caso, pelo motivo da demarcação por outro animal).


Mas é preciso lembrar que o melhor motivo para você castrar seu gatinho é evitar doenças graves como câncer, infecções de útero (piometras) e tumores no ovário. Essas doenças, muitas vezes, são decorrentes dos estímulos hormonais recorrentes e a castração interrompe eventual processo patológico.


Tumores de mama em gatos são altamente agressivos, correspondem a 17% dos tipos de neoplasias em gatas, na sua maioria malignos (possuem semelhança de agressividade ao pior tipo de câncer da mulher).


Pesquisas revelaram que a castração diminui o risco de doenças em 91% quando realizada antes dos seis meses de idade.


Machos não castrados, embora com menos frequência, também podem desenvolver câncer de mama. Esses tumores podem aparecer em animais de nove meses de idade até 23 anos, com maior incidência a partir do quinto ano de vida.


Pulgas


As pulgas são parasitas muito presentes em regiões tropicais. Fatores como temperatura alta, ambientes mal iluminados e com higiene precária contribuem para sua reprodução.


Gatos expostos a riscos, como aqueles que vivem em grandes populações ou com acesso à rua, possuem maior risco de infestação.


Existem inúmeros produtos no mercado pet para controle desse parasita, sendo a maioria deles bastante eficaz, com mínimos efeitos colaterais, desde que usados na frequência correta.


Procure utilizar antiparasitas certificados, fabricados por laboratórios de referência. O médico veterinário é o profissional capaz de orientar sobre o protocolo de controle dos parasitas.


Pulgas transmitem doenças como verminoses e bartonella (doença da arranhadura do gato), que podem ser transmissíveis também ao ser humano. Estudos indicaram possível relação da pulga (como vetor) com a bactéria mycoplasma haemofelis, causadora de um tipo de anemia chamada 'anemia infecciosa felina'.


Portanto, gatos precisam estar livres de parasitas e pulgas para garantirem sua saúde e a de quem convive com eles.


Vermífugo


Os vermes intestinais são muito comuns nos gatos. A maioria pode ser transmitida para o ser humano. A forma mais efetiva de controle é a vermifugação.


Felizmente, a ciência disponibilizou inúmeros vermífugos eficazes no controle desses parasitas, com baixos índices de efeitos colaterais. Mas é preciso lembrar que somente o médico veterinário é capaz de prescrever, de forma adequada, o vermífugo, segundo cada caso específico, após a realização de exames, principalmente o de fezes, que deve ser realizado periodicamente.


Consultas veterinárias


Em nosso país, é costume levar o animal ao veterinário somente quando é para completar o esquema vacinal. Mas é importante saber que, além das vacinas, as consultas periódicas também são importantes, pois assim o médico consegue identificar possíveis doenças e fazer exames de acordo com a faixa etária do bichano.


Quanto mais velhinho o gato vai ficando, com mais frequência essas visitas devem ocorrer. Isso porque os gatos envelhecem a uma taxa muito mais rápida do que os humanos, portanto, cronogramas práticos para a frequência dos testes estão incluídos e sugerem uma frequência aumentada de diagnósticos com o avanço da idade.


A AAFP produziu diretrizes orientando o veterinário sobre os cuidados de acordo com a faixa etária de cada paciente, principalmente os idosos (2021, Feline Senior Care Guidelines).


Dados recentes têm mostrado que os gatos domésticos tiveram aumento significativo na expectativa de vida, sobretudo em virtude de mais e melhores cuidados veterinários, melhor nutrição e tutores mais informados e engajados.


Os médicos veterinários estão atentos às mudanças e aptos para orientar os tutores nas transformações sutis que podem apontar para um distúrbio subjacente em cada caso. Praticamente, todos os tipos de exame de imagem utilizados para humanos (ressonâncias, tomografias, radiografias) também estão disponíveis para os felinos, o que melhorou significativamente a forma de diagnóstico animal.


Aliados à avaliação clínica de rotina, a manutenção da saúde dos felinos e o diagnostico precoce de doenças graves possibilitam maior —e melhor— sobrevida de nossos bichanos. Na consulta inicial, o veterinário poderá identificar possíveis doenças relacionadas a pele, orelha, sistema respiratório e ainda conferir batimentos cardíacos e condições gerais de hidratação.


A primeira visita ao veterinário deve ser imediatamente após o acolhimento/adoção do gato, sendo muito importante informar se o animal tem procedência de gatis comerciais (origem repudiável), ONGs ou mesmo retirado das ruas.


Após a consulta inicial, os retornos serão estabelecidos de acordo com necessidade de cada paciente.


Ambiente seguro


Ambientes telados proporcionam maior proteção para o seu bichano. As telas evitam acesso às ruas, dificultando a propagação de doenças e as brigas com outros animais (sem falar nos envenenamentos e atropelamentos!).


Especial atenção para as telas de janelas e sacadas, pois acidentes com gatos são muito comuns. Os gatos têm instinto de caça, podem tentar pular atrás de uma presa que eventualmente passou voando, ou podem cair enquanto estiverem dormindo, dada a predileção por tirar uma soneca no parapeito.


Entretenimento


Como diz a letra do musical infantil 'Saltimbancos', "nós, gatos, já nascemos livres". Sim, os gatos têm suas origens em antepassados livres e trazem consigo as necessidades da caça. Por isso é muito importante que sejam estimulados com brincadeiras para entretenimento e gasto de energia, evitando assim a obesidade e doenças mentais associadas à monotonia. Acredite: gatos são mais felizes sendo como o personagem 'Mandachuva' que o 'Garfield'.






Neste 2022, vote consciente, vote pelos animais!


Em ano eleitoral, muitos candidatos se apresentam como defensores dos animais, com o intuito de conseguir votos. O eleitor precisa ficar atento para não ser enganado por políticos oportunistas, sabendo identificar os candidatos verdadeiramente comprometidos com a causa animal. Fique alerta!



 



Campanha: coleta de doações para o abrigo da Apipa



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Com informações do Gatices

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