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Como prevenir a Dirofilariose Canina (Verme do Coração)

Atualizado: 26 de abr. de 2021

A Dirofilariose, causada pelo verme Dirofilaria immitis, ou o popular 'verme do coração', é uma lombriga parasitária que é transmitida de um hospedeiro para o outro através das picadas de mosquitos. O hospedeiro definitivo é o cão, mas também pode infectar gatos, lobos, coiotes, raposas e outros animais, como furões, leões marinhos e mesmo, em circunstâncias muito raras, os seres humanos.

No cão, os vermes adultos costumam residir no sistema arterial pulmonar (artérias pulmonares), bem como o coração, tendo grande efeito sobre a saúde do animal, pois gera danos aos vasos e tecidos do pulmão, havendo também migração para o ventrículo direito do coração e até mesmo para as veias grandes (artérias). A infecção da dirofilariose pode resultar em grave doença para o hospedeiro, tendo como consequência a morte por insuficiência cardíaca. (Imagens: Revista Evidência / PetRede)

A dirofilariose foi inicialmente identificada nos Estados Unidos da América (EUA) em 1847 e ocorria mais frequentemente no Litoral Sudeste daquele país. Em anos recentes a dirofilariose tem sido encontrada em todos os 50 estados dos EUA. A onda de animais infectados que pode servir como fonte de infecção para os outros animais é, provavelmente, um fator que contribui significativamente para a dirofilariose se espalhar pela América do Norte. O número real de cães e gatos infectados nos EUA ainda é desconhecido.



O que é a Dirofilariose?


O verme Dirofilaria immitis, pertence à mesma classe das lombrigas. Na verdade, eles até se parecem com as lombrigas, mas é aí que terminam as semelhanças. Este terrível verme passa a sua vida adulta no lado direito do coração e dos grandes vasos sanguíneos que conectam o coração e os pulmões.


Os vermes são encontrados em cães, gatos e furões. Eles também ocorrem em animais selvagens, como leões marinhos da Califórnia, raposas e lobos. Raramente são encontrados em pessoas.


Como os cães contraem a Dirofilariose?


Os vermes adultos que ficam no coração de um animal com a doença, produzem larvas minúsculas que são chamadas de microfilárias e vivem na corrente sanguínea do hospedeiro. Estas microfilárias entram em mosquitos quando eles sugam o sangue de um animal infectado. Em 2 a 3 semanas a microfilária fica maior dentro do mosquito e migra para sua boca.



Quando o mosquito pica outro animal, as larvas entram em sua pele. As larvas crescem e em cerca de três meses terminam a sua migração até o coração, onde ficam adultas, podendo atingir o comprimento de até 35 centímetros. O período entre o animal ser picado por um mosquito infectado, até os vermes se tornarem adultos, acasalarem e botarem seus ovos é de cerca de 6 a 7 meses em cães e 8 meses nos gatos. Lembre-se: é importante diagnosticar a doença o quanto antes.


Um cão muito infectado pode ter até centenas de vermes em seu coração e vasos. Os vermes adultos, após infectarem um cão, geralmente vivem de 5 a 7 anos. Entre 30 a 80% dos cães infectados têm microfilárias, e estas podem viver até 2 anos. Microfilárias não podem amadurecer em vermes adultos, a menos que eles passem por um mosquito. Existem mais de 60 espécies diferentes de mosquitos que podem transmitir a Dirofilária.


Verme do coração pode matar?


Em cães, os vermes adultos podem obstruir vasos sanguíneos grandes que ligam o coração aos pulmões. Os vermes também podem entrar nos vasos menores nos pulmões e os obstruírem. Em casos mais graves, chamados de “síndroma caval”, os vermes enchem o ventrículo direito do coração.


Sintomas e diagnóstico do verme do coração


A maior parte dos cães com dirofilariose não apresentam sinais de doença. Alguns cães podem apresentar diminuição do apetite, perda de peso e apatia. Muitas vezes, o primeiro sinal da doença é a tosse. Os animais com muitos vermes começam a apresentar falta de resistência durante os exercícios. Alguns acumulam líquido no abdômen (ascite), o que os faz parecer barrigudos. Em poucas situações em que os animais têm muitos vermes adultos, eles podem morrer de insuficiência cardíaca súbita.


Testes sanguíneos são feitos para identificar cães infectados com D. immitis. Pelo fato de os testes não serem sempre precisos, é necessário interpretar os seus resultados com relação ao histórico e sintomas que o animal apresenta. Radiografias (raios-x) e ultra-sonografia (ecocardiografia) muitas vezes são feitos para observar mudanças típicas no coração e pulmões causadas por D. immitis, e assim determinar a gravidade da infecção. As alterações incluem o alargamento da artéria pulmonar e do ventrículo direito. Certos tipos de células (eosinófilos) pode aumentar no sangue ou nas secreções dos pulmões. Estes resultados adicionais podem ajudar a apoiar o diagnóstico.


Existem vários testes de sangue utilizados para detectar a infecção pela dirofilariose. Na década de 1960, antes dos ensaios mais sofisticados estarem disponíveis, testes para detectar a dirofilariose envolviam procurar o verme em uma gota de sangue sobre uma lâmina de microscópio. Um teste um pouco melhor, o teste de Knott, foi desenvolvido para concentrar a microfilária a partir de uma porção maior de sangue através de sua centrifugação. Isto proporcionou aos veterinários uma melhor chance de encontrar as microfilárias.


Mais tarde, os testes de filtro se tornaram disponíveis. Nestes testes, as células do sangue foram lisadas (quebradas) por um tipo de agente especial que não afeta as microfilárias. O líquido resultante é então colocado através de um filtro muito fino. As microfilárias se concentram no filtro. O filtro é então marcado e examinada ao microscópio para encontrar a microfilária.


Logo, os veterinários reconheceram que alguns animais podiam ter infecções por dirofilariose sem necessariamente ter as microfilárias no sangue. Isto ocorre apenas se vermes machos estiverem presentes ou se as fêmeas não estiverem colocando seus ovos no momento do teste. Ficou óbvio que testes melhores eram necessários.


Teste de Antígenos


Exames sorológicos foram desenvolvidos para identificar os antígenos (pequena proteína e componentes de carboidrato) dos vermes no sangue. Há uma variedade deste tipo de teste. Um dos tipos de teste mais comuns é chamado de ELISA. Alguns kits de teste executam uma amostra de cada vez e podem ser feitos diretamente no consultório de seu veterinário. Outros são feitos para testar várias amostras em um lote maior . Este tipo de teste em lotes é geralmente realizado em laboratórios externos, para onde o sangue de seu cão é enviado.


Embora os testes de antígeno sejam muito melhores do que o teste de filtro, ainda não conseguimos identificar todos os casos de dirofilariose porque os testes de antígeno só dariam resultado positivo se vermes fêmeas adultos estivessem presentes, uma vez que o antígeno é detectado a partir de útero do verme. Se os vermes não estiverem totalmente maduros, ou existirem apenas machos presentes, o resultado do teste de antígeno em animais infectados seria um falso negativos. Isso significa que o resultado do teste é negativo quando na verdade o animal está infectado.


Teste de anticorpos


Testes sorológicos foram desenvolvidos para detectar anticorpos (proteínas produzidas pelo corpo do animal para lutar contra “invasores”) que agem contra contra os vermes. Este é o teste mais usado em gatos. Este teste dá positivo, mesmo se apenas um verme macho estiver presente. Porém este teste tem uma desvantagem. Embora ele seja muito bom em dar resultados positivos quando existe uma infecção, testes falso-positivos são mais comuns do que nos testes de antígeno. Um resultado falso-positivo significa que o resultado do teste dá positivo mas na verdade não há infecção alguma.


Como prevenir a Dirofilariose (Verme do Coração)


Medicamentos usados para prevenir infecções por dirofilariose são chamados preventivos. A primeira coisa a se lembrar é que os preventivos não são usados para matar vermes adultos. Medicamentos especiais chamados de adulticidas são usados para matar os vermes adultos. O uso destes medicamentos será discutido na seção de tratamento. Alguns medicamentos preventivos podem causar graves problemas se dados a animais com vermes adultos ou microfilárias. Siga as recomendações de seu veterinário e do fabricante do medicamento preventivo com relação aos testes antes de dar a medicação preventiva. Um grande número de medicamentos preventivos é disponibilizado no mercado mensalmente para o tratamento da dirofilariose em cães. Alguns deles, ou outros medicamentos que são combinados com eles, controlam outros parasitas. Medicamentos preventivos devem ser usados durante o ano todo, mesmo em áreas onde os mosquitos só ocorrem sazonalmente. Mesmo se algumas doses não forem dadas medicamentos preventivos ainda assim são benéficos para seu animal de estimação. Se seu cão mora em região de praia ou se costuma ir muito à praia, ele precisa ser vermifugado todo mês.


Se forem administrados de forma consistente por um período de 12 meses, é possível parar o desenvolvimento dos vermes. Além disso, a medicação preventiva mensal no combate à dirofilariose também tem efeito contra os parasitas intestinais, que inadvertidamente infectam milhões de pessoas todos os anos. Estes preventivos protegem animais e pessoas.


A administração diária da medicação dietilcarbamazina está disponível com prescrição em farmácias de manipulação. Duas desvantagens são que esta medicação causa reações adversas se administrada em cães com dirofilariose, e a falta da dose por dois ou três dias pode resultar na interrupção da proteção.


A medicação preventiva deve ser dada a todos os cães. Lembre-se que os mosquitos podem entrar em sua casa, assim, mesmo que o seu cão não esteja lá fora, o cão ainda pode ser infectado.


Tratamento da Dirofilariose


O tratamento depende da severidade da infecção. Em casos menos graves, o cão pode ser tratado por quatro meses, com a medicação preventiva, para matar larvas de verme migrando até coração, bem como para diminuir o tamanho dos vermes fêmeas. Depois, uma injeção de melarsomine é dada para matar os vermes adultos. Cinco semanas mais tarde, o cão é tratado com mais duas injeções da adulticida. Quatro meses após o tratamento, o cão deve ser testado para verificar a presença dos vermes, utilizando-se o teste do antigênio. Alguns animais podem precisar se submeter a uma segunda rodada de injeções se os testes de antígeno ainda deem resultado positivo. É recomendado que os cães permaneçam com medicação preventiva mensalmente durante o tratamento. Em casos mais graves, pode ser necessário usar o adulticida antes dos quatro meses da medicação preventiva.


Independentemente de qual droga é administrada, quando os vermes adultos morrem, eles podem obstruir os vasos sanguíneos nos pulmões (chamado de embolia pulmonar). Se somente uma pequena parte do pulmão está afetada, pode não haver sinais clínicos. No entanto, se os vasos com acesso à uma grande parte do pulmão, ou talvez a uma área pequena já doente do pulmão estão bloqueadas, podem aparecer efeitos mais graves. Estes podem incluir febre, tosse, tosse com sangue, e até mesmo insuficiência cardíaca. Devido ao risco de embolia, qualquer cão sendo tratado com um adulticida deve ser mantido calmo durante o tratamento e por mais pelo menos 4 semanas. Em infestações mais graves, vermes adultos são removidos do coração cirurgicamente.


Consulte sempre o veterinário do seu cachorro.


Os humanos podem ser infectados pela Dirofilariose?


Sim, já houve casos de infecção pelo verme no coração de pessoas. Em vez de migrar para o coração, as larvas migram para os pulmões dos humanos. Lá as larvas podem bloquear os vasos, causando um infarto. No caso de infarto, o nódulo que se desenvolve pode ser visto em uma radiografia. Geralmente, a pessoa tem poucos ou nenhum sinal da infecção. A remoção cirúrgica do nódulo pode ser necessária.



A especialista em comportamento animal, Luiza Cervenka, explica que o mosquito Aedes aegypti pode transmitir algumas doenças que afetam os animais. Uma delas é a Dirofilariose Canina - verme do coração (vídeo).



O veterinário Álvaro Ferreira Júnior explica os sintomas e tratamento da Dirofilariose. Confira mais dicas e orientações (vídeo).






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Com informações do Tudo Sobre Cachorros

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