Quem vai viajar pode levar o animal, deixar em um hotel ou contratar um cuidador. E, se vai curtir o carnaval com o pet, deve ter bom senso para assegurar o bem-estar do bichinho.
O Carnaval é sempre um momento de descontração e costuma ser bem planejado, pois encerra o período de férias. E nessa programação é preciso pensar também como serão os cuidados com o bicho de estimação durante esses dias. “Levá-lo junto, deixá-lo em hotel ou em casa nem sempre é uma decisão fácil para quem tem um pet”, argumenta a veterinária Andressa Felisbino.
Segundo Andressa, escolher um hotel ou responsável para cuidar do pet exige tempo e planejamento antecipado. É preciso avaliar detalhadamente as opções e, principalmente, o perfil do animal. Gatos, cães mais medrosos ou idosos provavelmente se adaptem melhor a um pet sitter ou amigo que cuide deles sem que precisem sair de casa. Já o hotel é mais indicado para os pets mais sociáveis, desde que o espaço ofereça boas atividades e momentos de interação entre os animais.
Na dúvida sobre o que escolher, a especialistas dá algumas dicas de observação. Caso o tutor opte por manter o animal em casa e escolha por um serviço de pet sitter, o primeiro passo é verificar as referências desta pessoa. Selecionado o profissional, convide-o para visitar a sua casa, para que observe o comportamento do animal e se familiarize com suas particularidades.
Neste momento, além de repassar detalhes importantes sobre a rotina do pet à babá, como alimentação, passeios e medicações, promova a socialização entre o pet sitter e o animal. Isso facilita muito a convivência na ausência do tutor. Também é necessário deixar o telefone e endereço das clínicas veterinárias que atendem seu pet para que ele possa utilizar em caso de emergência. As mesmas orientações valem para amigos, parentes ou vizinhos que se disponham a ficar com o animal durante a ausência do tutor. Avalie a competência da pessoa e se ela realmente conseguirá cuidar do pet com tranquilidade. É fundamental que esta pessoa goste de animais.
Carnaval Animal
O Carnaval é a maior manifestação de cultura popular do planeta. Envolve música, fantasia, alegria, arte, folclore e atrai multidões às ruas das principais cidades do Brasil. É, sem dúvida, uma festa linda de se ver. Há quem prefira ver de longe, aproveitando os dias de folga para viajar. E há os que não resistam à folia e corram para a festa.
Pois bem, se você é assumidamente um amante do Carnaval, deve estar em contagem regressiva para a chegada da festa, né? Mas, e o seu animalzinho de estimação? É verdade que incentivamos você a estar sempre ao lado do seu amigão. Mas é preciso ter bom senso e assegurar o bem-estar do animal. Afinal, a diversão tem que ser para os dois!
O ideal mesmo seria manter seu cãozinho em local seguro, fresco e longe de tanta agitação. Mas, se você é daqueles que não abrem mão de sair pelas ruas seguindo os blocos carnavalescos com o seu companheiro peludo à tiracolo, fique muito atento às dicas que se seguem:
Manter o animal na tranquilidade e segurança a que está acostumado evitaria o estresse desnecessário. Mas, se ainda assim, o seu Carnaval não tiver graça sem o seu amigão, evite levá-lo aos festejos entre as 10h e 16hs. Esse é o período em que o sol está mais quente e há maior volume de pessoas nas ruas.
Por falar em volume de pessoas, provavelmente o seu pet estranhe ver tanta gente concentrada. Fique atento à possibilidade do vai-e-vem e a agitação das pessoas alterarem o comportamento do seu animal. Até mesmo os mais dóceis e sociáveis podem se tornar agressivos diante de pessoas estranhas ou animais desconhecidos, numa situação como esta.
E, como esta pode ser, tanto uma experiência excitante quanto ameaçadora para o seu bichinho, é imprescindível o uso de guia e coleira (com identificação). Isso te dará um maior controle no caso dele estranhar alguém, brigar com outro cão ou mesmo evitar fugas.
Como o Carnaval acontece num período de altas temperaturas, ainda que você siga a dica dos horários mais adequados, é preciso não descuidar com a desidratação. Leve uma garrafinha de água fresca (faça reposição sempre que necessário) e ofereça com frequência ao animal. Molhar a barriga e patinhas também ajuda a refrescar. Desta forma, você estará evitando a temida hipertermia, que pode causar falta de ar, convulsão e levar o animal à morte.
Procure não expor o animal ao sol e não se esqueça de passar um protetor solar (próprio para pets) na ponta das orelhas, focinho e barriga, especialmente nos animais de pelagem branca e com pouco pelo.
Leve em consideração o preparo físico do seu animal. Se, normalmente, ele só caminha algumas quadras durante os passeios, por que fazê-lo andar quilômetros atrás de um trio elétrico?!
Os animais possuem a audição muitas vezes mais potente do que a audição humana. Por isto, sons altos causam neles um incômodo muito maior. Eles podem passar mal e apresentar sintomas que vão desde palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle, medo de morrer, entre outras complicações. O pânico também pode causar paradas cardiorrespiratórias, perdas auditivas e surdez. Além disso, para alguns animais, o barulho passa a ideia de que algo grande e poderoso se aproxima, fazendo com que que ele saia correndo para não se ferir. Portanto, nada de seguir colado no carro de som, ok?
Por último e, não menos importante, a fantasia. Os cães não suam como os humanos, portanto, tenha o cuidado de não escolher uma roupa muito pesada e que dificultará ainda mais sua transpiração. Sem contar que pode causar irritação e enorme desconforto ao animal.
Cuidados com a fantasia
Para escolher a fantasia do seu cãozinho, conforto deve ser a palavra fundamental. Nada de tecidos grossos, pesados ou longos, que podem incomodar e causar calor excessivo. Certifique-se de que o tecido não seja de fácil combustão. Fique atento a adereços e detalhes como botões, laços ou peças que se soltem facilmente. Tais objetos podem ser engolidos e causar sufocamento nos animais ou fazer com que tropecem.
Tenha certeza que a fantasia não está muito apertada no animal. Faça um teste onde você consiga colocar três dedos entre a roupinha e o corpo do pet, especialmente no pescoço, para garantir seu conforto. Durante o passeio certifique-se, com frequência, se o cachorro não está com calor ou incomodado.
Não deixe para estrear a fantasia do pet no Carnaval. Procure vestir o animal com a roupinha outras vezes para que ele se acostume. Lembrando que, caso ele não goste, é preciso respeitá-lo e não insistir. Mas, como saber se ele está incomodado? Ah, os sinais são muito fáceis de identificar. Se o cão começar a se sacudir, morder a roupa, latir, entre outros sinais, a fantasia deve ser retirada imediatamente!
O mais indicado é utilizar somente algumas peças e acessórios, em vez de uma fantasia inteira.
Outros cuidados
Não é recomendado tingir o pelo do animal, pois, pode causar irritação, alergias ou até mesmo intoxicação grave na pele do animal. E, fique atento! Se, durante a folia, o seu animal sofrer alguma contaminação por conta de substâncias tóxicas (coisas que foliões costumam usar, nestes eventos), leve-o imediatamente à presença de um médico veterinário.
Tenha sempre à mão o telefone do veterinário, para o caso de uma emergência, além, é claro, da recomendação de uma clínica que atenda 24 horas, só para garantir!
Bom, mas se você está no dilema, porque é folião desde criancinha, mas acha que Carnaval não é coisa para animal, existem várias alternativas. Você pode sim, curtir a sua festa e, de preferência, sabendo que o seu bichinho está sendo bem cuidado e se divertindo também, mas de forma adequada à condição dele. Para isso, estão no mercado inúmeras opções, como creches e hotéis específicos para animais de estimação. Pesquise e se informe acerca de tais estabelecimentos na sua região.
Seja qual for a sua opção para curtir o Carnaval, o primordial deve ser a segurança e o bem-estar do seu animal de estimação. Certifique-se disso e boa folia!
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APIPA inicia vaquinha virtual com objetivo de quitar elevadas dívidas em clínicas veterinárias. Para participar nesta corrente de amor e solidariedade e dar a sua contribuição para nos ajudar a pagar as nossas dívidas, pedimos que acesse a página da campanha na Kickante para fazer a sua doação à APIPA. Participe e nos ajude agora (link abaixo)!
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Com informações do Bem Paraná e Turismo 4 Patas
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