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Calor pode ser perigoso para cães e gatos

Atualizado: 7 de set. de 2021

A hipertermia (aumento da temperatura corporal) pode causar desmaios, convulsões e até a morte aos animais. Durante o 'B-R-O-BRÓ' (período que vai de setembro a dezembro), em Teresina, os animais também se sentem incomodados pelas altas temperaturas. O veterinário Selmar Moreira dá dicas sobre cuidados especiais para protegê-los do calor intenso.

A hipertermia (aumento da temperatura corporal) ocorre pela ineficiência do organismo de controlar o aumento excessivo da temperatura corpórea. Esse tipo de transtorno costuma ser muito grave por causar diversas alterações sistêmicas importantes que colocam a vida do pet em risco. Por esse motivo, a afecção é considerada emergencial e deve ser diagnosticada e tratada rapidamente de acordo com os sintomas apresentados. (Foto: BichoMaps)

"A hipertermia é o problema mais comum — e o mais grave — para cães e gatos no verão", diz o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo. Como eles não transpiram, a respiração é a única forma de controle da temperatura do corpo. No verão, porém, o ar quente e úmido prejudica esse mecanismo.


Resultado: o animal ofega na tentativa de intensificar a troca de calor. "O risco é ainda maior para animais obesos, para cachorros com pelagem densa, como bernese e husky siberiano, e para as raças braquicefálicas — aquelas de focinho curto —, como os cães boxer, buldogue e pug e os gatos persas, que já respiram com dificuldade em condições normais", explica Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. Veja, a seguir, os cuidados para prevenir a hipertermia no animal.




Em casa


Nada de deixar o animal no quintal constantemente ensolarado ou fechado no apartamento abafado. Sombra (em ambientes arejados) e água fresca são questão de sobrevivência para cães e gatos. Troque a água do bebedouro várias vezes ao dia e certifique-se de que o pote não fique exposto ao sol em nenhum momento — afinal, quem gosta de água morna? Vale até acrescentar umas pedrinhas de gelo ao bebedouro. Para os gatos, que preferem água corrente, um bebedouro eletrônico pode estimulá-los a ingerir mais líquido ao longo do dia. Dica dos especialistas: borrifar água no dorso e nas patinhas ajuda a resfriar o animal. Se ele ficar ofegante, enrole-o em uma toalha molhada com água fria e deixe-o por um tempinho em frente ao ar-condicionado ou ventilador.


No carro


Cachorros são loucos por passeios de carro, certo? O problema é que essa excitação também atrapalha o processo de resfriamento do corpo. Portanto, nos dias muito quentes, o ar-condicionado deve permanecer ligado durante todo o trajeto — e, de preferência, evite viagens longas durante o dia. Outra recomendação dos veterinários: nunca, em hipótese alguma, deixe o animal preso no carro, nem com uma fresta do vidro aberta e sob uma árvore. Mesmo na sombra, a temperatura no interior do veículo sobe rapidamente, e o animal pode desmaiar ou até morrer em meia hora.


Passeios


Cães são leais e nunca recusam um convite do tutor para passear, mas se vivessem sozinhos na natureza jamais sairiam da toca sob o sol escaldante. Não é necessário suspender as caminhadas diárias, claro, mas o ideal é reduzir o percurso e restringir os horários das saídas: antes de 10 horas e após as 18 horas. Prefira locais gramados — o asfalto quente pode queimar os coxins, aquelas almofadinhas das patas — e leve água em bebedouros portáteis. A dica das borrifadas de água fria no dorso também se aplica aos passeios. E respeite os limites do cão: interrompa o passeio do animal ofegante, que tenta fugir do sol em busca das áreas sombreadas. Por fim, cães agressivos devem usar focinheira de ferro, um modelo que não impede a abertura da boca. E atenção! Passear com cães de focinho achatado nos dias quentes, com focinheira fechada, é meio caminho andado para uma hipertermia severa.


Antipulgas


Com a proliferação de parasitas no verão, os especialistas recomendam a aplicação de produtos que protegem o animal de pulgas e carrapatos a cada três semanas. "Evite dar banho dois dias antes e dois dias depois da aplicação do produto", ensina o veterinário Mário Marcondes.


Banho e tosa


As salas de banho e tosa das pet shops são ambientes propícios para a hipertermia: o stress prejudica a respiração do animal e, com os secadores ligados o dia inteiro, a temperatura fica sempre elevada. Evite os horários de pico do calor e mantenha o pelo dos animais mais curto que o habitual. Em casa, os banhos semanais devem ser feitos com água morna, pois a água muito fria pode causar choque térmico. Por fim, use apenas a toalha para secar animais de pelo curto, e o ar frio do secador para os de pelo longo.


Atenção


Se o animal mostrar-se inquieto, permanecer com a respiração ofegante e apresentar língua levemente arroxeada, mesmo após as tentativas caseiras de resfriá-lo, leve-o imediatamente ao veterinário, mantendo-o envolto em uma toalha molhada com água fria e, no carro, posicionado em frente à saída do ar-condicionado. "Em condições normais, a temperatura corporal não ultrapassa 39,5 graus. Se ela chegar a 40 graus, porém, só a respiração poderá ser insuficiente para resfriar o animal. Nesse caso, ele talvez precise de aplicação de soro refrigerado na veia ou até necessite ser sedado e entubado", explica o veterinário Marcelo Quinzani.


Cuidado com o sol


O câncer de pele não é exclusivo dos seres humanos. A exposição prolongada ao sol é responsável pela incidência de câncer de pele em cães e, principalmente, em gatos — os bichanos são mais propensos em razão do hábito de passar horas tomando banhos de sol. Como os danos dos raios ultravioleta são cumulativos, a maioria dos casos envolve animais idosos.

  • Sintomas: a doença começa como uma manchinha avermelhada na pele e se torna uma ferida que não cicatriza ou, se cicatriza, volta logo em seguida.

  • Áreas mais afetadas: regiões do corpo com pelagem menos densa. Nos gatos, as lesões malignas tendem a surgir nas pálpebras, no focinho, na parte interna das orelhas e na região entre os olhos e as orelhas. Nos cachorros, a área de risco é o abdômen.

  • Prevenção: é possível proteger as áreas de pouca pelagem com protetor solar FPS 30 tradicional, desde que sem perfume e hipoalergênico. Como os gatos têm o hábito de se lamber constantemente, o ideal seria evitar os longos banhos de sol.

  • Tratamento: consiste na remoção cirúrgica ou na crioterapia, em que a lesão é queimada com nitrogênio líquido. Parece simples e até pode ser, quando ela surge na barriga. Nos gatos, porém, a doença afeta pálpebras, orelhas e focinho, o que pode resultar em deformação da face. Vale frisar que, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura.

  • Raças com maior risco de desenvolver a doença: animais de pelagem curta e branca. Como os tumores malignos costumam aparecer na cabeça, gatos e cães bi e tricolores, como fox paulistinha, bull terrier e whippet, também podem desenvolver a doença.


Dieta sem riscos


É difícil resistir à carinha de carente do cachorro diante de uma guloseima, não? Quando o alimento em questão for chocolate, ignorá-lo é a opção mais segura. O chocolate contém duas substâncias estimulantes que afetam o sistema nervoso central e fazem muito mal aos animais: teobromina e cafeína. "Dependendo da quantidade ingerida, o chocolate pode causar vômito, diarreia, arritmia ou convulsão em cães e gatos", diz Tatiane Marry Sipriani, clínica-geral do Koala Hospital Animal, em São Paulo. Quanto maior a concentração de cacau, maior o perigo para o animal. Veja outros alimentos que podem ser tóxicos para eles:


  • Uva: estudos apontam que a ingestão regular da fruta pode ser responsável por casos de insuficiência renal em cães e gatos;

  • Derivados de leite: para alguns animais, sorvete, iogurte e outros produtos com lactose podem provocar vômito e diarreia;

  • Alho e cebola: o consumo regular de comida temperada com alho e cebola pode afetar a produção de glóbulos vermelhos e levar à anemia.


Em Teresina - durante período do 'B-R-O-BRÓ'


O tempo quente e seco nos últimos meses do ano, período conhecido como 'B-R-O-BRÓ', em Teresina, afeta também os animais. Neste momento é importante que os tutores busquem alternativas para deixar os seus bichinhos mais confortáveis.


O médico veterinário Selmar Moreira deu dicas para aliviar os sintomas do calor intenso, desidratação e até mesmo queimaduras. Veja se você está fazendo tudo certo e como pode tornar os dias dos animais menos desconfortáveis.


Água gelada e frutas congeladas


Muitos tutores costumam oferecer água gelada e até frutas congeladas para os animais. O médico diz que não há exatamente um problema em oferecer o líquido em temperatura mais baixa, mas isso pode ter um efeito contrario caso torne-se um hábito: o animal pode deixar de beber a água em temperatura ambiente.


"A gente mora em uma cidade muito quente. Quando você coloca a água gelada, rapidamente ela está em temperatura ambiente e ele não vai querer. Ele está com sede e não bebe, então pode desidratar. Eu particularmente não recomendo, porque pode ter uma reação contrária", explica.


Quanto às frutas, o médico recomenda apenas que se evitem as frutas cítricas, como laranja, tangerina e abacaxi.


Roupinhas para animais


Selmar conta que os tutores de animais de pequeno porte costumam gostar de "vestir" os bichinhos. Porém, cães e os gatos não perdem calor como os seres humanos: eles não produzem suor para reduzir a temperatura corporal. Usar roupinhas para pets pode causar um enorme mal estar nos animais.


"Principalmente os animais de pequeno porte, as pessoas têm mania de vestir com roupinhas, mas elas têm que ser usadas com muito critério, porque esquentam muito. Como eles perdem calor de outra forma, com roupinhas eles superaquecem com facilidade", diz.


Banhos diários


Embora pareça uma excelente alternativa para amenizar o calor dos pequenos, o médico alerta para os riscos de dar banho nos animais todos os dias e, principalmente, de manter os pelos úmidos.


"Como eles têm o corpo coberto de pelos, isso mantém um excesso de umidade que pode causar lesões de pele. Cães como o labrador e o golden retriever gostam muito de água, mas é preciso tomar um certo cuidado. Na hora que molhar o animal, o ideal é que seque o pelo. Se deixar úmido, pode atrair fungos, bactérias e causar dermatites", alerta.


Horários dos passeios


Além do calor excessivo, levar um animal para passear em um horário inadequado ou mesmo após a incidência solar diminuir, pode não ser uma boa ideia em Teresina, especialmente nesse período. Os tutores, sempre calçados, não percebem tanto, mas o solo pode manter uma temperatura muito alto durante um longo período e causar queimaduras nas patas dos animais.


"Além de o cão, que é levado mais para passear, manter o corpo muito perto do chão e poder sentir muito calor, é preciso tomar muito cuidado. Se o horário for de muito calor e o asfalto e a calçada estiver muito quente, eles queimam as patas. Os animais são pacientes que não colaboram, eles não ficam quietos e esse local é de difícil tratamento", explicou.


Raças mais afetadas


O médico disse ainda que é preciso ter cuidado especial com os animais braquicefácilos - que possuem cabeças e pescoços menores, como bulldogs e pugs. Estes animais são os mais propensos a sofrer com o calor, porque seus focinhos são achatados e a estrutura óssea da cabeça dificulta a respiração.


"Esses animais precisam de uma atenção especial, é importante não deixar que passem muito calor e principalmente evitar que fiquem expostos a condições ruins do ar, porque eles e os animais idosos são os que mais sofrem com problemas respiratórios", explicou o médico.




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Com informações do Veja e Bicharada

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